Ansiedade: o transtorno (TAG).
Transtorno de Ansiedade Generalizada.

Em decorrência da vida agitada que levamos, da pressão do trabalho, do estresse do dia a dia, e principalmente, pela supressão do tempo. Temos cada vez mais responsabilidades e demandas para um tempo cada vez mais exíguo. O alto desempenho acaba sendo o padrão exigido por nós e por quem nos cerca.
O neocapitalismo (contemporâneo), não admite aqueles que pedem para usufruir licenças médicas, e é proibitivo à enésima potência, qualquer referência às doenças psiquicas, tais como a ansiedade e depressão.
Ansioso? Não, apenas cansado. Eu estou bem, perfeitamente bem, eficiente, alegre, dinâmico, enérgico e acima de tudo competitivo. Faço jogging toda manhã, estou sempre disponível e preparado para coisas extraordinárias. Não estaríamos provavelmente, rodeados ininterruptamente pelo discurso da eficiência competitiva? Não estaríamos talvez constrangidos no cotidiano a comparar o nosso estado de ânimo com aquela alegria agressiva dos rostos bem-sucedidos que aparecem nos anúncios publicitários? Certamente.

Os principais sintomas atribuídos ao TAG – Transtorno de Ansiedade Generalizada são:
Quem nunca não sentiu ansiedade com o estilo de vida que levamos, que “atire a primeira pedra”. Todos nós já a experimentamos de alguma forma. A ansiedade é semelhante a uma sensação de nervosismo e de angustia ou como se dizia antigamente, um sofrimento “da doença dos nervos”. Quem nunca disse: “hoje estou nervoso” ou “estou sentindo uma angustia, um aperto do perto e nem sei o porquê”. Muitos, por não entenderem o que está a acontecer, procuram os médicos porque creem tratar-se de sintomas de uma doença orgânica e não psicológica/psiquiátrica. Caso você obtenha como resposta “você não tem nada, que é apenas estresse, precisa descansar”, alerte-se, muito provavelmente estamos tratando de alguma desordem da área psíquica. Na área de atuação do psicólogo. Cada pessoa reage de forma diferentes aos variados estímulos estressores. Também terão limiares diferentes de esgotamento. Cada indivíduo vive a ansiedade de modo particular e isso explica a grande variedade de distúrbios de ansiedade, apesar da sintomatologia sofrer poucas variações.
A preocupação prepara o corpo para ação. Desta forma o corpo reage e os sinais físicos aparecem: dores crônicas no corpo e mãos frias são os primeiros. O ansioso crônico está em eterno estado de alerta, sempre preparado para fugir, mas à toa, porque não há nada real que mereça o comportamento de fuga.

- Ansiedade intensa;
- Medo, insegurança, angústia;
- Apreensão constante e mal-estar indefinido;
- Mente inquieta ou agitada (pensamento corrosivo);
- Cansaço físico exagerado: acorda cansado;
- Sofrimento por antecipação;
- Irritabilidade e flutuação emocional;
- Impaciência: tudo tem que ser rápido;
- Dificuldade de lidar com pessoas lentas;
- Baixo limiar para suportar frustrações (pequenos problemas causam grandes impactos);
- Dor de cabeça, dor muscular (principalmente nos ombros e no pescoço);
- Respiração curta ou sensação de sufocamento;

- Taquicardia: sentir o coração batendo forte;
- Dor ou desconforto torácico (aperto no peito);
- Tremores e sudoreses;
- Vertigem e desmaio, (em momentos de grande sofrimento);
- Parestesia (sensações de formigamento);
- Frio na barriga, náusea, desconforto abdominal (diarreia, colite nervosa);
- Aumento da pressão arterial;
- Déficit de concentração;
- Déficit memória;
- Transtorno do sono ou insônia (acorda sempre cansado).
A ansiedade é pode ser um sintoma patológico ou não. Depende do grau e da intensidade de como ela é manifestada e sentida, da sensibilidade afetiva da pessoa, do seu tipo psicológico, das condições: sócios, econômicos, culturais e familiares em que a pessoa está inserida. Além, é claro, da visão que cada um tem da realidade, da valorização do passado, de como vive o presente e principalmente, das perspectivas sobre o futuro. A imagem que a pessoa tem de si, sua autoestima e sua autoconfiança também são fatores importantes na constituição do indivíduo.
Além dos sintomas abrangentes da ansiedade generalizada, ela pode aliciar outros tipos de transtornos, tais como:
- Síndrome do Pânico;
- Agorafobia (muito comumente associado ao Pânico);
- Fobia Social (muito comumente associado ao Pânico);
- Fobias específicas: bichos, eventos naturais ou sangue, injeção e acidente;
- Hipocondria e somatização (transtorno somatoforme);
- Estresse Pós-traumático;
- Disfunções sexuais;
- Tricotilomania (arrancar e ou comer o cabelo);
- Jogos patológicos (inclusive de internet, games);
- Depressão (alguns episódios de depressão, muito provavelmente, surjam concomitantemente com os transtornos ansiosos, principalmente em momentos de tensão elevada e de muito estresse ou tensos).
É importante esclarecer que, dificilmente quem sofre de ansiedade não apresente em algum instante da vida sintomas de depressão e vice-versa. A diferença é que a depressão está alicerçada numa tristeza profunda, alimentada por uma situação mal resolvida. Enquanto a ansiedade é alimentada pelo medo, pela preocupação excessiva, desproporcional e sem motivo de um advento sempre futuro.
A ansiedade é uma reação “normal” diante de situações que podem provocar medo, dúvidas ou expectativas. É considerada normal a ansiedade que se manifesta nas horas que antecedem uma entrevista de emprego, concurso, nascimento de um filho, cirurgia, etc. Nesse caso a ansiedade funciona como um sinal “positivo” que prepara a pessoa para enfrentar o desafio e, mesmo que ele não seja superado, favorece sua adaptação às novas condições de vida.
Há outras diferenciações importantes a serem feitas. Ao contrário de qualquer fobia ou um ataque de pânico que são direcionadas para uma situação específica, a ansiedade generalizada é difusa e abrangente. Ela é menos intensa que um ataque de pânico, mas muito mais duradoura. Tornando a vida difícil, pois o corpo e a mente estão em alerta constante. Relaxar é um privilégio quase impossível.
Por isso, se você se identificou com alguns dos sintomas acima relatados, sente-se sempre tenso, sobrecarregado, com um vazio ou uma angústia no coração que não consegue explicar, está na hora de procurar um psicólogo. Porque quem sente sofre desse mal tem a visão nublada a respeito de si e do que acontece ao seu redor. É necessário que esse diagnóstico seja sempre feito por um psicólogo. Pois o psicólogo poderá ajudar a identificar, dentro do que é descrito pelo paciente, o que é percepção distorcida pela ansiedade e o que é realidade.
Marque uma consulta, terei o maior prazer em ouví-lo (a) e esclarecer as dúvidas pertinentes ao seu processo de cura terapeutica.
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MSc. Estela Noronha
Psicóloga Clínica
CRP: 06/52562-9