Pânico: consequências da síndrome. - Estela Psicóloga

Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP-HU)

Especialista em Terapia de Casal e Família (Teoria Junguiana)

Especialista em Teoria Junguiana (Instituto Sedes Sapientiae - SP

Mestre Pela PUC-SP

Especialista em Constelações Familiares e Soluções Sistemicas (Instituto KOZINER - SP)
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Psico. Estela - Psicóloga Clínica - Mestre/PUC-SP
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Pânico: consequências da síndrome.


Transtorno do Pânico: consequências econômicas, socais e familiares.

Economicamente, quando se considera o transtorno do pânico, quase sempre o há desperdício de dinheiro e tempo com consultas a vários médicos especialistas. Os quais, por sua vez, solicitam dos indivíduos, vários exames de ‘rotina’ e até mesmo exames sofisticados, onerosos e desnecessários à procura de algo que explique os sintomas do paciente.

O médico que não conhece o problema de pânico, fica sem uma consistência científica adequada em suas considerações para diagnostico. Entre os médicos mais consultados estão os clínicos gerais, os cardiologistas, os neurologistas, os otorrinolaringologistas os ginecologistas e os endocrinologistas. Além desses, há os médicos pronto-socorristas que frequentemente atendem pacientes em crises agudas. Nota-se casos também, de internações desnecessárias e até de aposentadorias precoces, devido à incapacidade funcional desses indivíduos, decorrente da agorafobia.progressivo. Para os familiares, por mais compreensivos que sejam, aceitarem essas situações de afastamento social não é tarefa fácil.

Para o paciente, há o agravamento do sofrimento, com relação aos seus sentimentos de desvalorização e incapacidade. As fobias e particularmente a agorafobia, leva o paciente a depender do cônjuge ou dos pais para suas atividades do dia-a-dia com frequência. Representa uma sobrecarga para o parente próximo e as vezes, essa situação gera sérios problemas conjugais, levando-o à separação.
Desta maneira, é importante que a família e os amigos, que tenham algum conhecimento acerca do problema do pânico, tentem tranquilizar e incentivar essas pessoas que sofram desse mal, a procurar um tratamento precocemente. São as repetições das crises que levam o sujeito para as complicações psicológicas, às nefastas consequências sócio- econômicas-familiares do transtorno de pânico.

Diagnóstico e controle do Transtorno do Pânico.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado para evitar as complicações (as fobias), no TP é a solução mais indicada.
Pânico: consequências
Os sintomas são relativamente fáceis de serem detectados. No entanto, o que se verifica é que a pessoa procure ajuda depois de meses, anos ou décadas de TP. O tempo de sofrimento deste transtorno psíquico não é obstáculo para o tratamento.

A psicoterapia é fundamental no tratamento de TP, porém não é suficiente. Há necessidade de se bloquear as crises por meio de medicamentos. O bloqueio das crises de pânico é condição necessária, embora insuficiente para que fobias desapareçam. Torna-se necessário que o paciente, uma vez protegido pela medicação, comece a enfrentar suas situações fóbicas. Essa é a única forma de se livrar-se delas.
Síndrome do Pânico: tratamento
São três as fases a serem superadas:

1)  Controle das crises, com supervisão psicológica e medicamentosa;

2)  Resolução das fobias, com a realização da psicoterapia;

3)  Resolução de conflitos, com suporte psicológico e gradual afastamento medicamentoso.
O controle da crise como foi dito anteriormente, se dá através do bloqueio medicamentoso. Durante o processo inicial de tratamento, o paciente pode ainda ter crises. O que não significa que ele não vai melhorar com a medicação.

A crise, por pior que seja, atinge o seu pico em cinco ou dez minutos. A partir desse momento, ela começa a declinar gradativamente. Em geral, de vinte a trinta minutos se extingue. Para o indivíduo, resta as consequências dessa dinâmica sinistra: o cansaço, o desgaste e sobretudo o medo de que ela se repita.
A resolução das fobias, incluindo a agorafobia, necessitará de acompanhamento psicoterápico para complementar o tratamento medicamentoso, nesta fase.

Como o indivíduo na maioria das vezes está incluído em um sistema de relacionamento familiar, a família não consegue dar o “primeiro passo’ rumo ao controle desse mal. Em especial, quando os conflitos pessoais, conjugais e familiares estão agravados. A pessoa com TP, apesar de saber que as crises estão totalmente bloqueadas pela medicação, ainda tem medo de enfrentar muitas situações. Por isso é que o apoio psicológico se faz necessário.

A experiência recente de passar mal ainda está presente na memória daqueles (as) que sofrem desse mal. O sujeito precisará de encorajamento para enfrentá-las. As experiências negativas anteriores (crise de pânico), fazem com que eles (elas) continuem com a perspectiva de passar mal e assim se mantém a ansiedade de antecipação. É necessário, estimular e reassegurar de que dessa vez será diferente, ou seja, o sujeito não terá pânico. À medida que ele (ela), experimentar uma nova situação, gradativamente controlará as crises (condição indispensável).

A partir do evento positivo, estabelecerá um novo relacionamento com cada situação e após algumas poucas experiências positivas ele (ela), “esquecerá” que essa ou aquela situação lhe causava pavor. Ao vencer um dos medos (por menor que seja), a autoconfiança vai se reestabelecer. Assim progressivamente todas as fobias tenderão a desaparecer.

O ritmo de enfrentamento das situações depende da gravidade das fobias e de características pessoais. Tão logo as crises sejam controladas, os sujeitos acometidos pela síndrome já se propõem a enfrentar os medos mais intensos.

Mesmo com as crises de pânico controladas e as fobias superadas, o tratamento medicamentoso deve ser mantido por um período mínimo de seis a doze meses e sua retirada deve ser sempre gradativa, diminuindo desta forma, a possibilidade de retomo dos sintomas.

Controle da Síndrome do Pânico
No entanto, a doença não tem 100% de cura em todos os casos. É provável que, depois de semanas, meses ou anos (menos frequentemente), o indivíduo volte a ter alguns dos sintomas de pânico. Se isso ocorrer, deve-se retomar o tratamento.


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MSc. Estela Noronha
Psicóloga Clínica
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