Constelação Familiar Sistêmica de Bert Hellinger. - Estela Psicóloga

Especialista em Terapia Comportamental e Cognitiva (USP-HU)

Especialista em Terapia de Casal e Família (Teoria Junguiana)

Especialista em Teoria Junguiana (Instituto Sedes Sapientiae - SP

Mestre Pela PUC-SP

Especialista em Constelações Familiares e Soluções Sistemicas (Instituto KOZINER - SP)
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Psico. Estela - Psicóloga Clínica - Mestre/PUC-SP
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Constelação Familiar Sistêmica de Bert Hellinger.


Constelação Familiar Sistêmica de Bert Hellinger.
Há mais de 30 anos, o filósofo, teólogo e psicólogo B.Hellinger foi o responsável por criar e sintetizar o método sistêmico e fenomenológico reconhecido como “Constelação Familiar Sistêmica”. Não por acaso, o nome da abordagem nos remete a família porque ela é a matriz básica desse campo de informações. Ele observou em seus estudos que existem 3 leis (ordens) universais que regem as dinâmicas familiares: A lei do pertencimento (vínculo), a lei da hierarquia, a lei do dar e do receber (equilíbrio).

Não somos uma “tábula rasa”. Ao nascermos carregamos informações de predisposições genéticas, tanto biológica, quanto psicológica.Esta última, denominada pela psicologia analítica, como tipos psicológicos que são desenvolvidos e aprimorados ao longo da vida. Estas predisposições, por sua vez, sofrem influenciadas do meio. Questões socioeconômicas culturais e principalmente, familiares, “moldam” o indivíduo. É na família, ou na falta dela, que formatamos a visão de mundo com suas possibilidades e limitações, e ainda, com seus valores e crenças.


Prof. Bert Hellinger -
Universidade de Würzburgo -
Alemanha.
16/12/1925 - 19/09/2019.

São as experiências que nos capacitam, nos estimulam e nos trazem alegrias, ou nos restringe e nos freia levando-nos ao sofrimento e ao padecimento. O dinamismo é igual para todos. O que nos diferencia são a particularidade e a história de cada indivíduo. Isso quer dizer que, necessitamos nos reconhecer ou a rejeição a esta condição nos levará, tão somente, ao sofrimento.

A Constelação Familiar é mais um instrumento que nos pode auxiliar neste reconhecimento. Olhar, reconhecer e aceitar a nossa matriz familiar é de suma importância na construção ou na reconstrução do processo de individuação e no reequilíbrio do sistema.

Cada paradigma sistêmico familiar vem com sua própria sabedoria. Que é único, atemporal, multidimensional e transgeracional. Pertencemos a uma longa linhagem ancestral e como indivíduos somos, tão somente, um fio dessa imensa malha familiar. Um fio que pode estar emaranhado no sistema familiar composto pelas histórias de nossos avós, por algum familiar que não conhecemos desta ou de outra geração, vivos ou não.
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Ao compreender dessa dinâmica, B Hellinger denominou-a como “ecologia humana”. Um sistema equilibrado por uma ordem e que são precondições que permeiam e realizam a vida humana. Ou seja, as ordens que funcionam em harmonia produzem saúde, plenitude e vida. Mas, quando o ecossistema familiar está alterado, em desordem, conduz relacionamentos ao padecimento, conflitos e sofrimentos.
Isso que dizer que, quando as leis são violadas em um sistema familiar, podem surgir compensações que atuam nos membros desse sistema e podem atingir várias gerações manifestando-se em forma de doenças físicas ou emocionais (mentais), dificuldades nos relacionamentos, dificuldades financeiras, etc...

Como acima citado, são três as ordens ou as leis básicas na teoria de B.Helling que, se não respeitadas geram desiquilíbrio no sistema familiar.
A ordem do pertencimento (vínculo familiar). Todos fazem parte e tem o direito de pertencer a um sistema familiar, seja ele, por nós conhecido ou não. É um sistema em constante interação e do qual não podemos prescindir.
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Quando é negada a um membro a pertinência no sistema por esquecimento, rejeição ou até mesmo exclusão gerará a necessidade imperiosa no próprio sistema de restabelecer a integridade perdida e compensar a injustiça cometida. O sistema sempre buscará, de algum modo, promover a inclusão daquele membro para que o equilíbrio familiar seja restaurado. Mesmo que a pessoa tenha cometido algo reprovável e condenável socialmente, nada justifica sua exclusão. Isso quer dizer que, quando alguém é excluído do sistema, os demais membros acabam por sofrer consequências e podem até reproduzir o comportamento do excluído. O sistema exige a inclusão de todos ou ele padecerá nesta e em outras gerações subsequentes.

A ordem da hierarquia (o mais velho precede o mais novo). As relações familiares precisam se ater e seguir a ordem hierárquica. Existe uma precedência no tempo, no qual, os pais tem hierarquia sobre os filhos, assim como os avós por sobre os pais. Os pais vêm primeiro e são maiores que os filhos.
Se os filhos se sentem ou se posicionam como maiores perante seus pais, por exemplo, intrometendo-se das desavenças do casal ou exercendo algum tipo de autoridade sobre os pais idosos ocorre a quebra deste princípio, gerando desequilíbrio no sistema familiar.

São desiquilíbrios gerados, em grande parte, de forma inconscientemente e na boa intenção de ajudar, mas que colocam os filhos como superiores (maiores) e mais suficientes que os pais. Desta forma, quebram a harmonia do sistema porque não há nem o reconhecimento, nem o respeito à hierarquia pelos progenitores.
É claro,que neste meio tempo,  os filhos podem e devem ajudar seus pais em idade avançada, por exemplo.
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No entanto, mesmo nestes casos, é necessário que se mantenha a consciência à hierarquia de seus pais.

Os pais, por sua vez, podem receber ajuda dos filhos, desde que estejam conscientes de que não devem cobrar ou exigir nada. Eles- pais-  é que são os doadores por hierarquia do sistema.
Seguindo por esse mesmo raciocínio, é de se supor, que o primeiro casamento tem precedência sobre o segundo, mas não prioridade. Um casal tem paridade e não uma ordem hierárquica entre si. Portanto, há aqui também, uma hierarquia cronológica, na qual, quem veio antes precisa ser reconhecido como tal.

A ordem do dar e do receber (equilíbrio entre dar e receber/tomar para si). Assim como a raiz de uma árvore ela é fundante nas relações humanas para que os relacionamentos fluam e ganhem vida, para que haja a troca e a retroalimentação no sistema de relacionamentos.
Quando numa relação, sejam entre pais e filhos, entre irmãos, de trabalho ou relacionamento amoroso há alguém que se doa mais ou se sente mais sobrecarregado que o outro, seja de qual ordem for, emocional, de organização/ responsabilidade ou até financeiramente e sente que não há a reciprocidade adequada da outra parte; há uma contrariedade com a lei do equilíbrio entre o dar o receber. Para que o vínculo permaneça vivo é necessária à troca e a troca mais equilibrada.
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Da mesma forma, se a pessoa sente dificuldade em receber (tomar pra si) apropriar-se de algo que lhe é dado porque não se julga digna ou merecedora, ou se coloca apenas numa posição de doadora, aqui, claramente, reconhecemos outra desordem no sistema. Possivelmente, neste contexto, pessoa esteja se colocando numa posição de superioridade para esconder sua fragilidade.
Na relação entre pais e filhos, a ordem natural é os pais doarem aos filhos (amor, educação, orientação, sustento etc.). É um complemento da lei da hierarquia, pois os pais, que são os mais antigos e maiores que seus filhos, doam e os filhos, que são menores, se abrem para receber sem obrigação de retribuição. O sistema sempre demandará o respeito ao equilíbrio, ao vínculo e à hierarquia familiar. Sempre!

Concluindo, as três ordens tratam-se leis naturais organizadoras do sistema, da “ecologia humana”. São universais e permeiam toda e qualquer relação seja ela pessoal, familiar, amorosa ou profissional.
Para muitos, através das constelações, abrem-se perspectivas de atuação muito profundamente e em breve período de tempo. Nela observa-se onde está a ‘desordem’ sem julgamentos, nem culpas, muito menos condenações. É investigado fenômeno instalado na tentativa de reconfigurar a desordem “ecológica familiar” e desenvolver uma consciência mais coletiva. Entende-se assim que, as escolhas influenciam diretamente na vida de seus descendentes.

Alcançando o êxito esperado, o indivíduo terá uma visão mais clara sobre as origens das suas dificuldades e a probabilidade de romper com os antigos padrões. As Constelações Sistêmicas Familiares tem se mostrado um instrumento importante para solucionar questões que tanto nos afligem. São ricas, emocionantes e a energia que circula no campo é singular.

Ao abrir-se o campo sistêmico durante uma constelação, abre-se a possibilidade de cura do indivíduo e do seu sistema de pertencimento. Por meio das Constelações Sistêmicas Familiares, a pessoa pode perceber em que lugar o seu amor está oculto ou bloqueado e adotar uma nova postura diante daquilo que se revela. Faz-se desta forma, com que essas leis sejam novamente restauradas e respeitadas e o amor volte a fluir, tornando sua vida mais leve.
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Muitos se têm beneficiados com o trabalho desenvolvido por Bert Hellinger.  As constelações podem ser coletivas, individuais (com bonecos), com cavalos, na água, e ainda, nas plataformas online. Particularmente, sempre que possível, prefiro as constelações presenciais e em grupo. É uma vivência profunda que deve ser respeita e seriamente conduzida por pessoas reconhecidamente preparadas. Escolher bem o seu constelador(ra) é de fundamental importância para a riqueza do  trabalho.
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MSc. Estela Noronha
Psicóloga Clínica
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